Mas não é só isso que o fisioterapeuta aprende na faculdade.
Ele também estuda disciplinas como filosofia, antropologia, bioética e deontologia, psicologia, saúde pública, saúde coletiva, saúde preventiva (essas 3 ultimas apesar de parecerem, não são iguais), e no momento em que o estudante está no meio dessas disciplinas ele se pergunta "Ué! Mas eu não entrei na faculdade para aprender a reabilitar pessoas? Para que estou estudando isso?"
Essa pergunta é respondida, durante o decorrer do curso para uns, com alguns anos de profissão para outros, e tem gente que até hoje acha que as horas desempenhadas para essas disciplinas foram uma completa perda de tempo.
O que posso dizer sobre o assunto é que, quando falamos de fisioterapia estamos englobando um universo de informações, de conhecimento e consequentemente de atribuções para aquele que se entitula praticante da profissão. O fisioterapeuta é um generalista, que ele deve saber de tudo um pouco para atender de forma significativa àqueles que procuram pelos seus serviços. Por ser relativamente nova (apenas em 1969, conforme o decreto lei 938/69, a Fisioterapia passa a ser reconhecida como um curso de nível superior) poucas pessoas conhecem o peso que ela tem sobre a representação dos níveis socioeconomicos de um país!
Existem tantas áreas dentro da fisioterapia, que se eu fosse falar de uma por uma, não teria tempo de terminar meu tcc (que inclusive será super interessante e eu colocarei aqui quando estiver pronto para quem tiver interesse dar uma olhada), e geralmente quanto maior o nível de desenvolvimento intelectual e economico de um lugar, procura-se mais pelas alternativas para problemas físicos ou para ter uma vida saudável!
Mas resumindo: podemos trabalhar com a prevenção de doenças em comunidades, em ambientes de trabalho, em ambientes esportivos, em escolas e também ao tratar de um paciente com algum comprometimento devemos ensiná-lo a como não se machucar novamente. Podemos trabalhar com a parte mais esterna do corpo numa área super legal chamada dermato-funcional, que pode eliminar marcas indesejadas como cicatrizes e estrias (depende do estágio), pode reduzir significativamente as tão horriveis celulites (nome correto: fibroedema gelóide, celulite é outra coisa), além de auxiliar em vários pós-operatórios complicados. Existe a área de cardiorespiratória que trata pacientes com problemas relacionados ao coração e também aos pulmões, e para quem curte um lance mais radical tem também o intensivismo que lida diretamente com pacientes em UTI (unidade de terapia intensiva), são casos graves nos quais o paciente precisa do fisioterapeuta para continuar vivo no leito. Existe também a parte de reabilitação de queimaduras, a adaptação de pacientes neurológicos, os exercícios para múltiplos objetivos realizados na fisioterapia aquática, o desenvolvimento de novas estratégias para melhorar as perfomaces de atletas de alto rendimento sendo eles para-olímpicos ou não, uma abordagem para gestantes sentirem menos dor na hora do parto, a estimulação para que bebês tenham uma evolução no seu aprendizado mais proveitosa ou que aprendam como viver com suas limitações, dentre outras.
Ainda exitem muitas outras áreas dentro da fisioterapia, meu objetivo com esse pequeno texto foi o de borrar a imagem de que fisioterapia É reabilitação e gerar um curiosidade nas pessoas que procuram saber mais sobre o tema para que elas formem imagens mais abrangentes quando o assunto diz respeito a essa profissão tão extensa que é a fisioterapia! =)
Outras informações bacanas podem ser encontradas no site do CREFITO 1 acerca de algumas áreas da fisioterapia!
